SINOPSE
Entre as definições de sintoma encontradas no século XIX, está a de “acidente produzido pela doença, do qual se tira algum presságio ou consequência”. Lida à luz do dos artigos aqui reunidos, essa definição contém, no que concerne à experiência analítica, dois pontos que merecem ser enfatizados. O primeiro diz respeito ao caráter acidental ou contingente traduzido pelo sintoma, isto é, a cota de indeterminação, mas também de testemunho que se pode depreender do que cai ou renasce por intermédio das palavras pelas quais ele é apreendido. Dito de outro modo, o reaparecimento de algo que, de certo modo, existia antes do sujeito. O segundo ponto, por sua vez, faz valer a dimensão futura do que se pode fazer com ele, ou seja, do que eventualmente – leia-se, sob determinadas condições – se transforma no tratamento analítico. Nesses termos, mais do que a expressão de um sentido determinado e, por extensão, traumático, o sintoma é um aliado do que se cria ou inventa numa
psicanálise.
Os dez textos deste livro trazem a público as balizas de construção e de orientação da psicanálise em torno do sintoma, debatidas em atividades do Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, cujas pesquisas se têm valido do trabalho conjunto com outras instituições. Representam, portanto, parte das apostas feitas na confluência entre a universidade e a psicanálise.
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