Lacan constrói os quatro discursos com quatro letras que são repartidas em quatro lugares. Essas letras que nomeia de matemas têm a mesma estrutura que as letras da álgebra, são letras que retira da operatória matemática introduzidas na perspectiva da psicanálise e, como sempre acontece com seu ensino, agradece ao campo do qual se vale mas não deixa de devolver-lhe aquilo que a partir do nosso aparece como seu limite. Lacan diz: necessito dos matemas para que funcionem como balizas das quais possamos nos valer, para encontrarmos o mesmo. Se eu quero encontrar o discurso histérico vou encontrar sempre a mesma fórmula. Mas como em psicanálise as letras não definem uma relação biunívoca consigo mesmas, a letra A não representa a letra A, porque, se existe um A=A, o matemático diz que são os mesmos mas o psicanalista diz: não, este A é um A que está antes do sinal de igual e este que vem após não é o mesmo, implica algo que é idêntico e algo que é diferente, a repetição introduz uma diferença. Isto quer dizer que para nós a repetição de um significante já implica que são dois significantes. Se são sois, em nosso campo, significa que entre um e outro entra em jogo um hiato que chamamos de sujeito. É uma questão estruturas para nosso campo, que não renega a função do sujeito e sim a introduz no campo da ciência: não existe um significante que signifique a si mesmo. Por isso, não há possibilidade de, ao dizermos os matemas - não digo quando os escrevemos-, dizê-los do mesmo medo, algo vai ser igual e algo diferente.
PRÓLOGO 7
OS DISCURSOS E A CURA 9
Isidoro Vegh
O DISCURSO DO MESTRE 15
Silvia Wainsztein
Introdução 15
A lógica que sustenta a escrita dos discursos 16
Os quatro discursos e a estrutura de grupo : 20
Estrutura do grupo de Klein 20
A escrita dos discursos 22
Os discursos se definem pelo lugar da dominante 25
Os discursos na direção da cura 26
O discurso do mestre 27
Por que o Saber é meio de gozo? 29
O Pai no discurso do Mestre 30
O pai como operador estrutural 31
O lugar do saber 33
Os discursos em movimento 34
O DISCURSO DA HISTÉRICA 39
Alba Flesler
Tempos do sujeito, tempos do objeto e tempos do Outro 45
Dora e o discurso analisante 48
Questões 53
O discurso analisante e os tempos da infância 57
Os tempos da infância 62
Primeiro despertar: o instante de ver 66
O tempo para compreender 67
NOTAS SOBRE O DISCURSO DO ANALISTA 75
Silvia Amigo
Cogito cartesiano e discurso do analista 82
Um recorte clínico 84
O discurso do analista e as conseqüências do ato que propicia .. 97
Questões 102
DISCURSO UNIVERSITÁRIO 113
Analía B. Meghdessian de Nanclares
Apresentação 113
Entre Saber e Verdade, as perguntas da clínica 116
O Discurso Universitário. Presença real do analista 123
Escritas do real na transferência 133
Bibliografia 139
OS DISCURSOS E A CURA 141
Isidoro Vegh
A série: o mesmo e a diferença 141
Rotação e emergência do discurso analítico 144
O início de uma análise 146
Emergência do Inconsciente 148
O fracasso do saber 149
O objeto como agente 151
Questões 155
Autor: Isidoro Vegh
Tradução: Miriam Celli Dyskant
Editora: Companhia de Freud
Ano: 2001
Nº páginas: 160
Categoria Principal: Teoria Psicanalítica
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