Mentalidades: Foraclusões com e sem desencadeamento

As últimas formalizações de Lacan baseiam-se numa nova forma de escrita: a escrita nodal. Quando tudo parecia já ter sido dito na obra deste mestre francês, no seu seminário R.S.I (homófono em francês para heresia, heresia) aparece o uso da palavra “mentalidade”, termo que ele já havia rejeitado anteriormente, visto que na França referia-se à “psicologia”, ao social, a uma espécie de inconsciente coletivo supostamente específico de um gênero, etnia, comunidade ou época histórica.

“Mentalidade” em Lacan refere-se para cada sujeito singular à forma que ele encontrou para manter os fios… o nó da mentalidade neurótica é o borromeano, onde nenhum fio reivindica o direito de abolir e, interpenetrá-lo, o buraco do outro. Mas existem muitos outros tipos de nós. Que se mantido, proporciona uma espécie de mentalidade.

Diferentemente do grande filósofo, lógico e epistemólogo Jean Claude Milner, que em seu excelente livro “A Obra Clara” decreta que quando Lacan recorre ao nó ele se desprende da letra e do matema, acreditamos que os nós, além de fornecerem elementos de valor clínico inestimável, são, explicitamente, escritas no psiquismo.

Autor : Silvia Amigo

Editora : Associação Lacaniana de Brasilia

Idioma ; Português 

ISBN : 9786599804311

Dimensões : 21 x 16 x 1,5 cm

N. de páginas : 307