O autor apresenta, neste livro, como certas passagens da literatura refletem questões terapêuticas deveras inquietantes e que desterritorializam arranjos mal feitos a pedirem que sejam reconfigurados. Palavras que transformam, pois literatura é feita de palavras. Trata-se de uma articulação entre os campos da literatura e do terapêutico. Algumas páginas literárias são descritas e analisadas, tendo como obras principais as de Clarice Lispector e Guimarães Rosa. Na interlocução com o terapêutico, é a palavra que ganha enfoque sendo explorado seu poder de transformação – as palavras inquietantes –, em relatos de manejos terapêuticos. Nessa costura entre as duas áreas, filósofos como Plotino, Nietzsche e Deleuze também participam como artesões.