SINOPSE
Este livro retoma a aparição de um objeto, a um só tempo, ímpar e multiforme na cena psicanalítica, ocorrida ao longo do Seminário que Jacques Lacan dedicou à angústia em 1962 e 1963. Para ele, tratava-se de sua única contribuição genuína à invenção freudiana.
Restos, sobras do vivido, pedaços de histórias, dejetos, mas, de um modo ou de outro, sempre mais significativos do que a precariedade de sua existência, a conceituação desses estranhos seres não só renovou o vigor da prática lacaniana, como também descortinou vias de aproximação, até então impensadas, entre a psicanálise e a cultura.
O que se introduz aqui, portanto, não é algo diretamente apreensível ou localizável de pronto no mundo. Só se chega a isso por caminhos indiretos e, no mais das vezes, acidentados e mesmo vertiginosos. A essa dificuldade de rota, todavia, contrapõe-se a linguagem precisa de que Marcus André Vieira se vale para transmitir, entre inúmeros exemplos que vão da violência urbana a manifestações artísticas, passando por canções e ditos populares, não só apresentações contemporâneas desse objeto, como também lições extraídas de sua clínica.
Após sua leitura, somos levados à constatação de que a vida como ela é se presta a um acerto de contas com isso que não tem origem, nome, remédio ou sepultura, mas, mesmo assim, costuma dar a barafundas miseravelmente cotidianas saídas simples, nem sempre razoáveis.
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